Origem: Livro: Os Patriarcas
Necessário para Ele
E, como querendo nos dar plena tranquilidade no desfrute deste nosso futuro céu, o Senhor nos ensinou a saber que, de certa forma, somos necessários lá, por mais sem importância que possamos nos considerar. Pois cada um deve ser um vaso de glória, como já dissemos; pode ser em maior ou menor quantidade, mas ainda assim cada um é um vaso necessário naquela casa de glória. Geralmente pensamos o quanto o Senhor é necessário para nós. Verdade, de fato. Celebraremos o fato de que devemos tudo a Ele por toda a eternidade. Mas também é uma verdade (falado para louvor das riquezas da graça) que somos necessários para Ele. “A mulher é a glória do Varão”. Não da mesma forma, certamente. Ele é necessário para nós tanto para a vida como para o regozijo, tanto para a salvação como para a glória; mas nós somos importantes, é claro, apenas para Seu gozo e glória; como está escrito: “com o fim de sermos para louvor da Sua glória”; e novamente: “para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da Sua graça, pela Sua benignidade para conosco em Cristo Jesus” (Ef 1:12; 2:7).
O Senhor Deus considerou o regozijo de Adão quando Ele propôs em Si mesmo formar Eva. Eva, podemos saber muito bem, foi abundantemente feliz em Adão; mas ainda assim a preocupação do Senhor era que Adão fosse feliz em Eva. O mesmo acontece agora na dispensação do evangelho. O verdadeiro Adão ainda é consultado. “O Reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho”. E assim será ainda na dispensação ou era da glória. É chamado “as bodas do Cordeiro” – não se trata, como uma vez me foi observado, das bodas (ou casamento) da Igreja ou da esposa do Cordeiro, mas as bodas do Cordeiro, como sendo o Cordeiro o principal interessado nessa alegria.
E assim é. A Igreja terá a sua alegria em Cristo, mas Cristo terá a Sua maior alegria na Igreja. O pulso mais forte de alegria que baterá pela eternidade estará no seio do Senhor por Sua Noiva resgatada. Em todas as coisas Ele deve ter a preeminência; e, como em todas as coisas, também nisto – que a alegria d’Ele nela será maior do que a dela n’Ele.
