Origem: Livro: Os Patriarcas

Nosso Parente contra nosso inimigo

Outro desses deveres era este: resgatar ou libertar um irmão levado cativo.

No caso anterior de resgate ou recompra, o Parente tinha que tratar com um reivindicador legítimo e atender às suas exigências. Seu irmão ou a herança de seu irmão tinham sido vendidos e precisavam ser readquiridos por um preço justo e determinado de acordo com a lei das estimativas. Mas este dever de resgatar ou libertar um irmão é diferente. Aqui o Parente tem a ver com um estranho ou inimigo; e realizar este serviço com força contrária, ou pela força de um braço mais forte.

Mas esta também é a nossa condição natural, o nosso estado sob as ruínas da queda. E o Filho de Deus, que participou de nossa carne e sangue, nos presta esse caráter de serviço de Parente.

No caso anterior de resgate, Ele tratou com Deus, respondendo às Suas justas exigências por nós: aqui, porém, Seu trato é com nosso inimigo. Ele responde ao inimigo por nós. Pois embora seja verdade que, pela desobediência, contraímos a dívida da morte, o confisco da vida e de todas as coisas, a ponto de precisarmos de um resgate, também é verdade que temos sofrido injustiças nas mãos da Serpente, de cujos resultados, em servidão ou cativeiro aos poderes das trevas e da corrupção, nosso Redentor ou Parente nos livra.

Foi nesta ação que o Senhor, nos dias da Sua carne, percorreu as cidades e aldeias de Israel. Como o Homem mais forte, Ele entrou na casa do valente, furtou seus bens e libertou seus cativos. E Ele terminará tal obra e aperfeiçoará Seu caminho como o Parente-Libertador, quando Ele resgatar Seus santos adormecidos do flagelo da morte e da destruição do inferno. Então ocorrerá a redenção da possessão adquirida (Veja Efésios 1:14 – TB).

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