Origem: Livro: A Instituição do Matrimônio e Assuntos Relacionados

Um Novo Relacionamento – Cap. 11

O jovem rapaz e a jovem moça que acabaram de se casar, agora iniciam algo que para eles é totalmente novo, um relacionamento abençoado, de fato, se for pela vontade do Senhor. Até esse momento, eles trilharam caminhos de vida separados; agora, eles se uniram para caminharem juntos, como “sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida” (1 Pe 3:7 – ARA). Eles podem, agora, compartilhar todas as alegrias e tristezas. Alguém disse que isso duplica a alegria e divide a tristeza. Entretanto, por mais verdadeiro que isso seja, há definitivamente bênçãos e compensações em estarem alegremente casados “no Senhor” (1 Co 7:39). É também verdadeiro que a esposa “cuidade como agradar ao marido”, e o marido “cuida de como agradar à esposa” (1 Co 7:33-34). Isso é como deve ser, só que cada um deve cuidar de não dar ao outro aquilo que pertence ao Senhor. Jesus Cristo é nosso Senhor, e tudo o que temos e somos pertencem a Ele, e não devemos deixar que as bênçãos fiquem entre nós e Ele. Nosso coração é traiçoeiro, e ele pode fazer de qualquer coisa um ídolo. “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (1 Jo 5:21). Foi dito que um ídolo é qualquer coisa que substitui Cristo em nossa afeição, e alguém pode ter um ídolo por um momento, um mês, um ano, ou pela vida inteira.

A falta de cuidado amoroso um pelo outro seria deplorável; carregaria a marca daquela condição maligna que existe “nos últimos diassem afeto natural” (2 Tm 3:1-3). Um grande lema para os jovens casados – de fato, para todos os Cristãos casados –, é: “um por todos, e todos pelo Senhor”.

Não se pode compreender plenamente a beleza e o afeto do relacionamento do casamento sem estar nele. A intensidade do amor que faz esquecer-se de si e buscar a felicidade e o bem do cônjuge que o Senhor deu só é conhecida pela experiência. Mas sem esse amor irrestrito e abnegado da parte de cada um, muitas alegrias não serão conhecidas, ou manchadas. Nem sempre essas duas pessoas verão as coisas da mesma forma, mas o amor é um grande bálsamo em qualquer desavença. Foi realmente dito que em cada lar, deveria haver “dois ursos” – “suportar e ser suportado (tolerar)”. A própria proximidade da relação acentuará pequenas diferenças e exigirá a pronta aplicação do espírito de amor e compreensão.

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