Origem: Livro: A Instituição do Matrimônio e Assuntos Relacionados

Primeiros Passos – Cap. 7

Não seria errado dizer algumas palavras sobre os primeiros passos, que com frequência levam a grandes consequências, tanto para o bem quanto para o mal. Jovens Cristãos precisam, particularmente, ter cuidado na escolha de suas companhias. Nós todos, de certa forma, somos influenciados pela companhia que mantemos; portanto, devemos nos guardar de amizades que podem nos levar para caminhos errados.

Em Atos 4:23, lemos dos apóstolos que sendo “soltos eles, foram para os seus [a sua própria companhia – JND] (At 4:23 – ARA). Quem eram “a sua própria companhia”? Eram “os irmãos – ARA Cristãos, claro. Naquela época, como agora, os Cristãos eram a grande minoria; estavam cercados por Judeus de um lado e pagãos de todos os níveis do outro, mas esses primeiros Cristãos tinham o desejo de estar com, e se manter entre “a sua própria companhia”.

Temos que nos misturar com os incrédulos na escola e no trabalho, para desempenho de nossos deveres diários, mas não é necessário carregarmos tais associações além dos limites do dever. Tornar-se companheiros deles, ou envolver-se socialmente com eles, é um caminho perigoso.

Dessas associações que não se limitam ao mínimo requerido pelo dever, surgem muitos casamentos infelizes. Talvez uma jovem irmã dirá que ela somente mantém proximidade com moças jovens do mundo (embora elas não sejam sua própria companhia), e quando esses laços tornam-se fortes, uma amiga pode dizer, “Gostaria que você conhecesse meu irmão”. Essa pode ser uma situação que não foi calculada, e, em pouco tempo, a jovem Cristã é conduzida a aceitar a oferta de uma tarde com o encantador jovem irmão da amiga. Não suponhamos que isso é meramente um caso hipotético; tais coisas realmente acontecem.

Destacamos sobre aquele quem o Cristão não deve casar; mas acrescentaremos que se um jovem nunca sair com uma moça não salva, ele nunca se casará com ela. E, se uma jovem irmã nunca aceite a atenção de um jovem não salvo, ela nunca se casará com ele. Não podemos reforçar fortemente a necessidade de vigilância contra os primeiros passos na direção errada. Se não houver um primeiro passo, não haverá um segundo, nem um terceiro, e nem finalmente um casamento.

Temos visto jovens crentes encurralados ao serem convidados a sair com um incrédulo apenas uma vez. Depois disso torna-se fácil fazê-lo novamente, e em pouco tempo, um forte laço de amizade foi formado. Frequentemente, pessoas interessadas no bem-estar de jovens Cristãos que estejam indo em direção a tal armadilha, têm buscado alertá-los. Uma resposta comum à tal advertência é uma garantia por parte dos jovens de que o casamento não está sendo contemplado, e que nem deve sequer ser considerado com um incrédulo. Talvez os jovens que respondem dessa maneira sejam sinceros, mas a afeição humana é algo delicado, e muito imprevisível. Pode entrar e crescer, quase imperceptível por um tempo, mas quando estiver bem enraizada, somente é removida por uma muito dolorosa operação. Pode deixar feridas e cicatrizes que duram por anos, pois desistir de alguém, depois do envolvimento afetuoso, não é feito sem alguma tristeza e talvez coração partido.

Cristãos tem sido pegos nessas armadilhas como mosca é pega na teia de aranha mais fina e delicada, e então em vez de partir o coração de alguém a quem eles passam a amar, eles escolheram deliberadamente desobedecer Deus. Nesse momento, eles usualmente tentam se persuadir que aquela pessoa a quem amam é, afinal de contas, um Cristão, mas não tem habilidade para expressar isso corretamente. Não há nada tão ingênuo quanto um coração entrelaçado por outro. Esses podem ser tão completamente enganados a ponto de acreditar naquilo que é oposto à verdade. Novamente, jovens Cristãos, advertimos e imploramos a vocês, para terem cuidado com aqueles primeiros passos que podem levá-los um casamento inadequado, ou levá-los para longe do Senhor, por qualquer um dos muitos caminhos dolorosos.

Compartilhar
Rolar para cima