Origem: Livro: Os Patriarcas

Profeta, sacerdote e rei

Ele era, no início, como um profeta, sacerdote e rei, e assim ele é novamente, no final. Mas ele segue uma nova ordem, exercendo suas diferentes funções mais de acordo com a mente de Deus. Como profeta, ele havia, no início, assumido com muita confiança ser o intérprete de Deus e de Seus caminhos; mas agora ele diz: “eu Te perguntarei, e Tu ensina-me”. Ele será um discípulo do Senhor, antes de ensinar outros; ele terá seus ouvidos abertos, antes que sua língua seja solta (Is 50:4). Tal é a purificação do seu ministério profético. Ele não saberá nada, a não ser que aprenda com Deus. Sua doutrina não é sua agora. Como sacerdote, no início, ele se interpôs entre Deus e seus filhos, para sanar brechas prováveis ou temidas. Mas ele não parece lavar as próprias roupas, enquanto asperge a água purificadora sobre os outros (Nm 19:21). Ele precisava se lembrar que ele mesmo também estava no corpo, tão tentável como o do mais fraco (Gl 6:1). Mas agora ele próprio é aceito (Jó 42:9; Ez 14:14, 20). Como rei, suas honras vêm agora depois de suas aflições, suas glórias depois de seus sofrimentos; e também depois que ele orou por seus amigos, seu cativeiro foi revertido. Ele exerce a graça, antes de lhe ser novamente confiado o poder – tudo isso de acordo com os grandes originais. “Vós sois os que tendes permanecido Comigo nas Minhas tentações. E Eu vos destino o Reino, como Meu Pai Mo destinou”.

Desta forma, ele é profeta, sacerdote e rei, segundo uma nova ordem, e tudo é refinado na fornalha, como ouro provado no fogo.

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