Origem: Livro: Agindo em Comunhão em Questões de Disciplina

Recursos para agir

Por mais fracos que sejamos, se nos colocarmos nas mãos do Senhor e buscarmos honestamente a orientação do Espírito, haverá, para não dizer julgamento, pelo menos instinto para detectar quem está em comunhão com Deus e quem está certo, e também um senso muito forte da diferença entre direito e poder. Precisamos, de uma maneira muito especial, estar perto de Deus ao agir para a glória do Senhor em questões de disciplina, e sentir o mal como se fosse nosso, caso contrário, lidar com o mal tem o efeito de desequilibrar o espírito e prejudicar a percepção moral.

Satanás está ativo onde o mal está presente e a disciplina se relaciona com o mal; portanto, é um conflito, e a vitória só pode ser obtida pela obediência à Palavra de Deus e em sujeição ao Espírito Santo. E, mais, há sempre uma tendência contaminadora quando tratamos o mal, mesmo que seja para julgá-lo e colocá-lo de lado; daí a necessidade absoluta de julgamento próprio em tais momentos. Na verdade, quando estamos julgando o mal nos outros, nós mesmos estamos aptos a sermos levados pelo inimigo a uma condição de orgulho.

E, por causa disso, não é raro que haja uma crise em uma assembleia, ocasionada por uma dupla ação do erro nela. Por um lado, o mal específico com o qual a assembleia tem ocupado seus pensamentos, com o objetivo de lidar com ele; por outro lado, o mal daqueles que deveriam agir por Deus na questão, mas agem em sua própria força e por meios humanos e não no Espírito, buscando colocar as coisas em ordem para Deus com mãos profanas. E, portanto, Deus, que nunca nega a Si mesmo, tem uma controvérsia com a assembleia, não apenas por causa do mal que ela deveria julgar, mas também por causa da maneira como os homens estão tentando julgá-lo.

A disciplina sempre expõe a condição daqueles que formam uma assembleia e, nessas ocasiões, os motivos dos homens, bem como seus julgamentos, tornam-se manifestos. Suponha que um homem, ostensivamente indignado com o mal, mas, por motivos pessoais, irado com aquele que fez o mal; Será que imaginamos que Deus, que prova o coração, controla e pesa as ações, passará por tais pecados como esse? Há apenas uma maneira pela qual qualquer segurança é possível ao lidar ou buscar lidar com o mal, e é agir na luz. Se dermos ocasião à iniquidade em nosso coração, o Senhor não nos ouvirá, e usar o nome do Senhor como um manto para cobrir nossos próprios sentimentos é iniquidade. Santidade convém à Sua casa para sempre.

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