Origem: Livro: Os Patriarcas

Regozijos e glórias únicas

Mas, além desta doutrina dos lugares e povos celestiais e terrenais, nos dias da glória vindoura, e além da verdade de haver um relacionamento abençoado e maravilhoso entre eles, como resumidamente tenho afirmado, poderíamos meditar sobre alguns dos regozijos e glórias peculiares a cada um deles.

Subir e encontrar o Senhor nos ares é a esperança mais imediata no coração do crente; depois ir com Ele para as mansões da casa do Pai. Como Ele diz: “virei outra vez e vos levarei para Mim mesmo, para que, onde Eu estiver, estejais vós também”. E essa casa proporcionará o exercício a todas aquelas afeições familiares que o coração tão bem entende. O Pai estará lá, e o Primogênito entre muitos irmãos, e os próprios muitos irmãos. E para ampliar esses relacionamentos, e despertar ao máximo as afeições, ali haverá o casamento, e a Igreja agora desposada se tornará a noiva do Cordeiro (Ap 19).

Há também cenas de glória e ocasiões de outros regozijos que acompanham isso. Naqueles céus haverá a “Santa Jerusalém”, a morada dos santos como povo sacerdotal real, o local de governo e de adoração. E ali estará a árvore da vida, e o rio da vida, e a luz, e o trono de Deus e o Cordeiro. E os santos estarão lá como harpistas, não tendo címbalos e tamboris de habilidade meramente humana, adequados para elevar as alegrias da Terra (Sl 98), mas tendo “harpas de Deus”, instrumentos de obra divina, adequados para despertar melodia digna do próprio céu. E os anciãos entronizados estarão lá, lançando suas coroas diante do trono, e os anjos deleitando-se em atribuir todo o poder e autoridade ao Cordeiro que foi morto. (Alguém observou uma vez que o momento de maior arrebatamento no céu não é quando os santos usam suas coroas, mas quando as lançam diante do trono, como visto em Apocalipse 4:10).

E durante tudo isso não haverá nada que perturbe ou atrapalhe. Assim como na Terra, naqueles dias, “Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da Minha santidade”, assim, nos céus, não entrará nada que contamine. Não pode haver inimigos, pois foram julgados; nenhuma serpente, pois ela foi esmagada sob os pés. Não haverá cansaço de coração, nem frieza ou apatia de alma, nem desânimo de espírito; mas os servos servirão sem falha, e noite e dia haverá a adoração feliz: “Santo, santo, santo é o Senhor Deus Todo-Poderoso”.

Este céu também será um cenário do próprio descanso ou sábado de Deus; e os santos, em sua medida experimentando o mesmo refrigério, habitarão naquele descanso em corpos transformados como o corpo glorioso de Cristo. Eles serão como Ele em Sua glória, vendo-O como Ele é. Eles resplandecerão “como o Sol” no reino de seu Pai. Na mente, no corpo e no estado, eles serão conformados com o Amado. E haverá a visão ou entendimento de toda a preciosa revelação de Deus, não como por espelho em enigma, mas veremos face a face, conhecendo como somos conhecidos. E ali estará a pedra branca; o maná escondido; a estrela da manhã; as compridas vestes brancas, para permanecer diante do trono de Deus; os vestidos brancos, para caminhar com o Senhor pelos domínios; e as vestes brancas, para se assentarem em seus próprios tronos (Ap 2-3). Tudo isso será nosso então.

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