Origem: Livro: Os Patriarcas
Ressurreição
A ressurreição, chamada pelo Senhor de “o poder de Deus”, ou, pelo menos, uma das formas desse poder (Mateus 22:29), foi dada a conhecer, por diferentes testemunhas, e de várias maneiras, desde o próprio princípio. E deveria ser assim, conectada como está com a redenção, o grande princípio do caminho de Deus e o segredo de Seus propósitos.
A ressurreição foi anunciada na criação da bela cena que nos rodeia, pois o próprio mundo foi chamado da sepultura das profundezas. O material não tinha forma e havia trevas em sua face, mas foi ordenado que a luz brilhasse nas trevas, e a beleza e a ordem surgiram. (Veja Hebreus 11:3.)
Declarou-se na formação de Eva. Então, novamente na promessa mais antiga sobre a Semente ferida da mulher. Foi guardada na memória em Sete, dado no lugar de Abel, a quem Caim matou; e novamente na linhagem dos pais antes do dilúvio. Mas ainda mais ilustremente foi publicada em Noé. “Tudo o que há na terra expirará”, diz-lhe o Senhor, “mas contigo estabelecerei o Meu pacto”, revelando assim o segredo de que a Terra deveria ser estabelecida de acordo com o propósito de Deus, como na ressurreição, estabilidade e beleza.
Assim, depois destes primeiros pais, Abraão teria uma família e uma herança com base no mesmo princípio. Ele e suas gerações depois dele aprenderam a ressurreição no mistério da mulher estéril que cuidava da casa. A bênção do concerto estava ligada à família ressuscitada. Ismael pode obter possessões e promessas também, mas o concerto foi com Isaque.
E mais maravilhosamente ainda, para não nos determos mais em outras testemunhas disso, vemos a ressurreição na abençoada história do “Verbo” que “Se fez carne”. Na verdade, poderíamos ter achado que teria sido de outra forma, pois em Cristo a carne era imaculada. Aqui estava uma coisa santa. Mas, mesmo sobre isso, temos agora a dizer: “ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo, agora, já O não conhecemos desse modo”. Cristo conhecido por nós agora é Cristo em ressurreição. E isso é suficiente para que saibamos com segurança que a ressurreição é o princípio de toda a ação divina e o segredo do concerto. [Todas as ordens de Suas criaturas em todos os lugares de Seus domínios O testemunham como o Deus vivo; mas na história dos pecadores redimidos Ele é testemunhado como o Deus vivo em vitória. Esta é a Sua glória; e a ressurreição deve ser valorizada por nós como a exibição dela com os lençóis funerários em ordem e o lenço que estava sobre a cabeça, que são os troféus de tal vitória (João 20:6-7). A história dos pecadores redimidos O celebra dessa maneira. Hesitar sobre a ressurreição é revelar ignorância a respeito de Deus e do poder que pertence a Ele (leia sobre isso em Mateus 22:29 e 1 Coríntios 15:34)].
