Origem: Livro: Os Patriarcas
A restauração de Deus
Certamente existem até hoje tais momentos na história de “todos os que creem”, bem como de seu “pai Abraão”. Abraão não havia caído sobre o seu rosto quando o Senhor lhe apareceu e falou com ele em Gênesis 15. Lá estava ele, consciente de que estava na luz com o Senhor. Mas trevas agora tomaram conta de sua alma e ele não está pronto para o Senhor. Ele está caído sobre o seu rosto, calado e pasmado. Ele não está de pé, defendendo as causas da fé, como ali; mas em seu rosto, quieto e confuso. A mudança na sua experiência é grande; mas não há mudança no Senhor; pois é o mesmo amor, quer Ele repreenda ou console. Se andarmos na luz, teremos comunhão com Ele; se confessarmos os nossos pecados, temos perdão com Ele; se formos capazes de estar diante d’Ele, Ele nos alimentará e nos fortalecerá; se precisarmos cair convencidos em Sua presença, Ele nos levantará novamente.
Este é um caminho excelente e sóbrio do espírito de um santo. Há uma realidade profunda aqui. O afastamento de Deus revela-se amargura; mas Deus Se revela à alma como restauração e paz; e sob Sua mão graciosa a fé é novamente encorajada, e Abraão insiste em seu pedido, como alguém que estava novamente no vigor de Gênesis 15, e busca a Deus para que Ismael possa viver diante d’Ele.
Como se anseia por ter sua própria alma formada por essas benditas revelações da graça e pela obra interior de fé que responde a elas. A cena muda; mas Deus e a alma ainda estão juntos. Existe realidade – realidade na tristeza e no gozo, na luz do semblante divino e na ocultação do nosso próprio rosto como no pó.
