Origem: Livro: Reunião de Irmãos
Reunião de Irmãos ; Lugar da Mulher na Obra; Dissidência em Casos de Disciplina
2 Coríntios 7:11
Eu prezo muito a manutenção da responsabilidade das assembleias, um princípio que, no meu entendimento, é muito importante. Alguém pode ajudá-las, mas a consciência da assembleia deve agir. No caso de que você fala, o exercício da disciplina foi desnecessariamente complicado: mas a coisa foi feita, se a reunião dos irmãos, tendo decidido o que deveria ser feito, apresentou o resultado à assembleia, reunida como tal, de modo que foi dada oportunidade para qualquer observação. Mas a assembleia deve purificar-se a si mesma, e uma reunião de irmãos não é a assembleia. Não desejo nem um pouco que as irmãs falem; nunca vi uma mulher tomar parte nos assuntos da Igreja sem causar dano. Elas são abençoadas e muito úteis em seu lugar, mas esse lugar não lhes pertence.
Uma decisão tomada por alguns irmãos em nome da assembleia pode se tornar uma terrível tirania e não purifica a consciência da assembleia. Todos os irmãos podem ter se unido para uma questão de disciplina, eu admito; mas, afinal, a investigação, se necessária, é feita por alguns – só que alguns não podem exercer a disciplina nem pronunciar que a pessoa está fora de comunhão: isso não seria 1 Coríntios 5:13, nem 2 Coríntios 7:11. O objetivo do apóstolo era despertar a consciência da assembleia. O melhor é que alguns irmãos sérios se informem dos fatos, assegurando-se de obter o assentimento dos irmãos que têm mais peso na assembleia, e que então o assunto, estando maduro, seja levado perante a assembleia; apenas, garantindo que haja plena liberdade para todos os irmãos, se necessário, possam fazer suas observações. Se nada for dito, o assunto está concluído; se algum irmão sério tiver dificuldades, eles esperam: se for apenas estado de espírito, a assembleia o julga e segue em frente; Se não puder fazê-lo, então é o estado da assembleia que exige atenção. Quando os irmãos que estão a par dos fatos têm julgado ser necessário colocar fora de comunhão, resta apenas apresentar à assembleia a conclusão a que se chegou e, se nada for dito, a coisa está feita. A experiência me ensinou a temer a dominação de indivíduos tanto quanto a inveja de um espírito radical; a consciência de todos deve ser exercitada, e o encargo do indivíduo é despertá-la, como a dos Coríntios foi despertada pela primeira epístola de Paulo.
Outubro de 1877.
J. N. Darby – Letters 2