Origem: Livro: Reunião de Irmãos
Reunião de Irmãos
1 Coríntios 16:15
Em reuniões convocadas para o exame de casos de disciplina, eu insistiria formalmente que as irmãs sejam excluídas. Se elas estivessem presentes, eu mesmo não iria. É totalmente contrário à Palavra de Deus e tão indecoroso quanto não bíblico. Como examinar certos casos com irmãs jovens presentes? Seria uma vergonha para elas desejarem isso. Além disso, a Palavra é clara. De minha parte, não considero muito desejável que todos os irmãos estejam presentes. Se houver alguns irmãos sábios, que se ocupam habitualmente do bem das almas, verdadeiros anciãos dados por Deus, e que isso não seja algo oficial, mas conforme 1 Coríntios 16:15-16, isso é melhor do que todos os irmãos; por que assim fica mais evidente de que não se trata da assembleia, o que não é igualmente claro quando todos os irmãos estão presentes: e o perigo de uma reunião de irmãos é que eles se considerem a assembleia ao decidir.
Mas uma assembleia inteira não pode investigar os fatos e a natureza dos fatos: dois ou três devem fazer isso. Quando todas as informações tiverem sido obtidas e o assunto ponderado diante de Deus, eles comunicam o resultado a que chegaram, e é a assembleia que decide: se ninguém disser nada, o assunto está decidido. Se um irmão de peso fizesse uma objeção, ou se tivesse algo a comunicar, ou soubesse de qualquer circunstância que pudesse lançar luz sobre o assunto, eles poderiam esperar ou reinvestigar o assunto. Se for apenas uma oposição insignificante, a assembleia pode tratar facilmente com ela. Já vi um caso assim. Se for alguém que defende o mal que foi julgado, ele próprio se torna objeto de julgamento (2 Coríntios 10:6).
Duas coisas tornam necessário que a ação seja a da assembleia: primeiro, porque é ali que Cristo está; segundo, porque é a assembleia que se purifica a si mesma (1 Coríntios 5; 2 Coríntios 7:11). É realmente impressionante que essa questão tenha surgido em tantos lugares, na Nova Zelândia e em outras partes distantes do mundo – não na Inglaterra, que eu saiba.
29 de outubro de 1877
J. N. Darby – Letters 2