Origem: Livro: Breves Meditações sobre os Salmos

Salmo 108

No início deste Salmo, o Messias, identificando-Se com o Remanescente nos últimos dias de sua angústia, clama pela manifestação do poder de Jeová a favor deles. Mas Ele faz isso com plenas e gozosas antecipações e, portanto, faz Seu costumeiro voto de louvor (vs. 1-6). Uma resposta a isso vem imediatamente do santuário, da presença de Deus, ou, pode ser, de acordo com a “santidade” de Seus conselhos, para assegurar ao suplicante que o Senhor, no devido tempo, reivindicaria o Seu reino (vs. 7-9). Isso desperta imediatamente o zelo do Messias pelo dia da vingança ou pelo ano dos Seus redimidos (Is 63:1-5); pois sabemos que Ele está agora esperando para, assim, pisar sobre Seus inimigos (Hb 10:13). E então tudo se encerra com Ele novamente olhando para Jeová como a ajuda na tribulação de Jacó, e com Sua confiante antecipação da vitória.

Este Salmo é composto das porções de gozo de dois Salmos anteriores (veja Salmos 57 e 60) que se iniciaram em tristeza e terminaram em regozijo. Pois ali a alma do crente semeou em lágrimas e colheu com alegria; mas aqui a dupla colheita é feita, e o peito do adorador se enche de feixes. E, verdadeiramente, o gozo é o que permanecerá. As tristezas serão deixadas para trás, ou lembradas apenas para aumentar a alegria e dar comprimento e largura ao louvor.

Este Salmo pode seguir alegremente o pequeno volume anterior sobre a Ressurreição (Sl 103-107). Pois a Ressurreição leva ao gozo e ao louvor. Como alguém observou certa vez, o próprio Jesus no túmulo de Lázaro chorou, entregando-Se às lágrimas de todos ao seu redor; mas em Seu próprio túmulo vazio Seu caminho foi mudado, e na liberdade da Ressurreição Ele mesmo, Ele poderia dizer à Sua amada e amorosa discípula: “Mulher, por que choras?”

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