Origem: Livro: Breves Meditações sobre os Salmos

Salmo 123

O suplicante (identificando-se com os outros) olha, em meio às reprovações dos adversários, para o Senhor nos céus; tomando para si a mente feliz de um servo, que pode esperar cuidado e proteção da mão d’Aquele a Quem serve. Pois o versículo 2 expressa a atitude de confiança, não de sujeição – embora naturalmente sujeição esteja implícita. E proteção pode ser reivindicada onde sujeição é prestada.

Isso se adequa à expressão dos cativos, no momento em que eles estavam partindo em sua longa e árdua jornada; aqueles que estavam “à vontade” na Babilônia naquele momento zombavam deles e os desprezavam. Os “soberbos” de lá só então os teriam visto como um grupo de pobres peregrinos, uma marca adequada para seu escárnio. Eles suportam o mesmo desprezo em sua presente dispersão entre os pagãos ou gentios (Jr 30:17). O dedo ainda é apontado.

A alma vivificada, apenas começando a voltar-se para Jesus, deve contar com tal desprezo. Pois, em espírito, este Salmo é a linguagem de todo santo que deve entender o que é o desprezo dos soberbos e sofrê-lo de bom grado. “Estás louco, Paulo! As muitas letras te fazem delirar!”.

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