Origem: Livro: Breves Meditações sobre os Salmos

Salmo 126

Os resgatados do Senhor, que agora estão a caminho, como vimos, lembram-se de seu regozijo quando o decreto de Ciro foi publicado, e também das gentis palavras de alguns de seus vizinhos naquela ocasião. Pois na multidão ao redor da cruz, enquanto havia aqueles que clamavam: “Crucifica-O, crucifica-O”, havia também as filhas de Jerusalém que choravam. Isso também tem sido comumente visto no martírio dos santos. E eles aparecem aqui no retorno de Israel da Babilônia. Alguns os desprezavam (Sl 123:3-4), enquanto outros se congratulavam com eles (v. 2).

Os cativos em seu retorno, e isso muito naturalmente, lembram sua oração (v. 4), e são capazes de extrair a moral de toda a história (vs. 5-6) – uma moral, também, que marca a história do próprio Cristo e de todo o Seu povo. Depois, Ele semeou em lágrimas sobre Jerusalém (Lc 19:41), mas, em breve, Ele segará com alegria (Is 65:18-19).

Quão pouco os crentes percebem o gozo da libertação expressada neste belo Salmo. Os cativos, por decreto de Ciro, eram como homens que sonhavam. Era como se alguma ousada ficção houvesse enchido o coração deles, tão extasiados estavam com a alegria daquele momento. Oh, que possamos conhecer isso quando pensamos na salvação e em Jesus! O eunuco seguiu seu caminho jubilando-se, e o regozijo parece tê-lo deixado indiferente à estranha partida de seu querido companheiro. Como nosso coração deveria cobiçar esse saciante deleite n’Ele!

NOTA: Não podemos deixar de notar que Ciro, o conquistador da Babilônia e o libertador de Israel, é uma figura de Cristo, e assim tratado por Isaias (veja Isaias 44-45). Ele e suas conquistas foram nomeados e descritos por aquele profeta quase 200 anos antes de Seu nascimento.

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