Origem: Livro: Breves Meditações sobre os Salmos

Salmo 134

Tendo agora entrado na casa, os adoradores a enchem imediatamente com a bênção do Senhor. Isso está no espírito de Melquisedeque – adequado à sua posição na “esperança da glória”; pois eles bendizem o grande Deus e abençoam os outros em Seu nome, em nome do Possuidor dos céus e da Terra, como fez aquele rei de Salém. Ele havia habitado sozinho nos altos lugares de sua glória, sem que os caminhos do mundo o perturbassem, nem mesmo a história do povo de Deus o notasse, até que os servos de Deus terminaram sua guerra. E então ele apareceu. Esse era o momento devido para seu resplendor, trazendo consigo suas recompensas, seu refrigério e sua bênção. Aquelas moradas solitárias de glória, onde ele estivera morando como em um templo e um palácio, foram reveladas, e Seus ricos tesouros apresentados. Como aqui, a voz do mesmo santuário, a Sião de Melquisedeque, saúda os cativos que retornaram.

Este é um jubiloso final para o caminho deles através do deserto. E, além disso, é feliz observar que esses dois Salmos, 133 e 134, nos apresentam dois aspectos da casa de Deus que, como vimos, os cativos que voltaram, agora chegaram – isto é, a unidade do povo de Deus e o louvor do povo a Deus – a alegria da família, e a glória de sua Cabeça; pois a Casa de Deus sempre, em princípio, provê e exibe essas coisas. É a morada do amor e o átrio do louvor.

E deixe-me acrescentar isso – que a alegria divina no Senhor tem um poder moral maravilhoso. Como Neemias, no dia do reavivamento, o dia da Lua nova, ou da Festa das Trombetas, o primeiro dia do sétimo mês, disse à congregação de Israel: “porque esse dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do SENHOR é a vossa força” (Ne 8:10).

Temos um exemplo disso em 1 Crônicas 12:30-40. Foi um momento brilhante e animado. Davi deveria ser feito rei e, como lemos, “havia alegria em Israel”. Judá não poderia então ter provocado Efraim, nem Efraim poderia então ter invejado Judá. A alegria comum havia unido todos os corações, levou-os para longe e fez deles suas próprias criaturas. Uma tribo era, portanto, a serva pronta da alegria de outra. Nenhum sentimento particular poderia ser tolerado, nem interesses separados consultados. Foi um dos dias dos céus sobre a Terra (Dt 11:21); a congregação de Israel sentiu esse poder, como Pedro sentiu o do monte santo. Pois quão disposto ele estava então, por causa da alegria de seu coração em ser o servo dos outros. “Mestre, bom é que nós estejamos aqui e façamos três tendas, uma para Ti, uma para Moisés e uma para Elias”.

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