Origem: Livro: Breves Meditações sobre os Salmos
Salmo 139
Este Salmo parece acompanhar o anterior. É como a festa dos Pães Asmos que acontece na Páscoa. Pois na festa, a graça, é apresentada; aqui é a santidade, de nosso chamado em Cristo Jesus. Pois a luz é a luz de Deus, confortando o pecador, mas repreendendo o pecado.
O crente começa confessando a temível realidade de que Deus o conhece. Isso era esmagador para uma alma devidamente convencida do pecado. Mas ele encontra alívio total e ocasião para louvor nisso, pois ele conhece a Deus; e O conhece também, no mistério da sepultura de Cristo e da nova criação lá (Ef 2:5). Esta é a espantosa e maravilhosa obra: Eva tirada do Adão adormecido. Isso imediatamente coloca nos lábios o louvor, o desejo de purificar ainda mais a alma e a prontidão, não o medo, para ser examinado pela inquiridora “Palavra de Deus” (Hb 4), para que nenhum fermento possa ser encontrado naquilo que agora é conscientemente a morada de um Israelita. O senso da graça mais rica está, portanto, em companhia do mais estrito ciúme de santidade (Salmos 138-139). A Páscoa e a Festa dos Pães asmos ainda estão juntas.
Talvez não haja lugar nas Antigas Escrituras onde a unidade mística de Cristo e Seu santo seja mais distintamente reconhecida.
NOTA: – O corpo humano é, como sabemos, tratado como o símbolo da Igreja ou do Cristo místico. Ambos foram formados de modo assombroso e tão maravilhoso (ACF). E esse “grande… Mistério” é visto neste Salmo.
Ele é ouvido como nos lábios do próprio Cristo (vs. 14-16), pois pessoalmente, se assim posso expressar, Cristo é ouvido nesses versículos. O tema era bastante digno de Seus próprios lábios e de Sua própria presença pessoal. O santo convencido, guiado por Seu Espírito, tinha, como observamos acima, reconhecido a perscrutadora luz de Deus, e ela era solene para a alma (vs. 1-13); mas agora, tendo ouvido essa bem-vinda e animadora interrupção dos lábios de Cristo (vs. 14-16), ele continua com suas meditações e comunhão, mas no pleno alívio de alguém que tinha, em espírito, bebido no refrigério de tal mistério (vs. 17-24). E agora o feliz santo pode desejar (em seu amor a Deus e à santidade e justiça de Seu poder) apresentar o julgamento espiritual de si mesmo e o juízo vindouro que destruirá o mal. Ele anseia por aquela busca, a qual o santo convencido antes temia.
