Origem: Livro: Breves Meditações sobre os Salmos
Salmo 143
O clamor neste Salmo parece naturalmente seguir o anterior; pois lá o suplicante foi abandonado por seus amigos; aqui ele se encontra, consequentemente, no meio de inimigos. Tanto em sua concepção quanto em sua aplicação, eu o li como fiz com o último.
“A terra”, onde este aflito está agora arduamente trabalhando em tanta aflição consciente e inimizade dos ímpios, ele a chama de “terra sedenta”; mas a terra que ele aguarda a chama por dois belos títulos – “a terra dos viventes” e “a terra da retidão” (Sl 142:5, 143:6, 10 – KJV). Estes são títulos felizes e honrosos do lugar e reino de Deus na Judéia, como será em breve. No cômputo divino, a justiça (retidão) e a vida são sempre encontradas juntas, assim como o pecado e a morte. “Se tivesse sido dada uma lei, que pudesse dar vida, a justiça, na verdade, teria sido pela lei”.
Mas este Salmo sugere que, enquanto eles estão sofrendo por causa da justiça no último dia, Israel estará aprendendo seus próprios caminhos, e que diante de Deus eles são apenas pobres pecadores. Enquanto clamam por libertação e justiça contra o homem, confessam o pecado a Deus, desejando ser guiados por Seu Espírito, sem o Qual nada é santo. Na terra da retidão, bem como a terra dos viventes, eles buscam ser guardados nos caminhos da justiça de Deus, bem como ser conduzidos de seu atual lugar de morte para o reino do Deus vivo.
Esta é uma preparação abençoada para o reino para o qual eles estão agora se apressando – sofrendo por causa da justiça e, ainda assim, aprendendo sua indignidade como pecadores. E este é o caminho de cada santo, humilhado diante de Deus, de coração quebrantado por causa de uma falha consciente, permanecendo na plena liberdade de Cristo e andando entre os homens em justiça sofredora.
