Origem: Livro: Breves Meditações sobre os Salmos

Salmo 17

Este Salmo, por outro lado, é a declaração de Jesus, não conscientemente habitando na casa do Senhor, mas como Se tivesse saído e encontrado as oposições dos homens. Mas assim como Ele Se portava dentro com a santidade de um Adorador, aqui fora Ele está Se guardando de todo o mal em meio a todos; e na confiança dessa integridade, esperando pela sustentação que vem da “presença” de Deus, e as recompensas da justiça na ressurreição em breve, quando Seus perseguidores, que são “do mundo, cuja porção está nesta vida”, forem derrubados.

O Remanescente justo perseguido também pode proferir isso em companhia de Jesus: na verdade, eles parecem ser introduzidos muito distintamente (v. 11).

NOTA: Esses dois Salmos apresentam assim as experiências do Senhor de forma muito diferente. No Salmo 16 Ele entra em todo o gozo presente de ser um Morador da casa de Deus, um Sacerdote ou Adorador que sentiu que Suas linhas (ou sortes) haviam caído em lugares deliciosos, porque Ele estava dentro da casa com Deus. No Salmo 17 Ele está fora, na provação do mundo, encontrando as oposições dos homens, e buscando ajuda e libertação, e olhando apenas para as coisas futuras como Seu gozo. No Salmo 16, a ressurreição vem como o fim de um caminho abençoado; no Salmo 17, ela vem como alívio de um caminho difícil e perigoso.

As experiências de Seus santos também estão de acordo com isso. Às vezes, é o simples regozijo da ressurreição e, às vezes, a esperança de serem aliviados por isso de muitos fardos presentes que enchem a alma deles. Estar “dentro do véu” e ao mesmo tempo “fora do arraial” é a atitude devida do crente – e é cheia de beleza moral e dignidade.

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