Origem: Livro: Breves Meditações sobre os Salmos
Salmo 36
Os elementos deste Salmo são muito simples. Ele não depende de alguma circunstância especial, mas é a linguagem de qualquer alma forçada pela violência dos ímpios a se refugiar na grandeza e nas excelências de Deus. Mas, especialmente, é a experiência do Remanescente que terá de enfrentar a violência do maligno nos últimos dias.
Essa experiência dos santos é muito abençoada. Isso prova que do comedor saiu comida, e doçura saiu do forte; que quando eles são fracos, como o apóstolo descobre, então eles são fortes: pois a violência dos ímpios só nos faz conhecer ainda mais a bem-aventurança do Deus vivo, e assim obtemos despojo do forte.
E que ainda que a força do inimigo seja tão grande quanto possível, ainda assim os santos em espírito, olhando para Deus, dizem: “mais são os que estão conosco do que os que estão com eles”.
Essa é uma meditação bonita e reconfortante. O salmista olha primeiro para a grandeza da maldade dos ímpios e depois para a magnificência da bondade e glória de Deus. Tudo é grande aos olhos desse adorador, e ele sente que pode deixar sua causa com Deus, antecipando a derrubada total de todos os poderosos em sua maldade.
Aqui, o adorador reconhece que a causa de toda essa iniquidade humana, que ele estava contemplando, está no fato da rejeição ao temor de Deus; e talvez ele admita que a fonte, até mesmo o coração, esteja nele mesmo como em qualquer outro homem (Rm 7:17-18; Mt 15:18-20). De fato, este Salmo ajuda o apóstolo com seu inspirado veredicto divino contra o homem, como uma criatura totalmente corrompida (veja v. 1; Romanos 3:18).
