Origem: Livro: Breves Meditações sobre os Salmos

Salmo 40

Provavelmente este Salmo foi proferido por Davi na mesma ocasião. Mas o Espírito que falou por meio dele, em suas circunstâncias logo deixa Davi para proferir apenas o coração de Jesus (vs. 6-8; Hb 10:5-7).

Os versículos de abertura nos dão a antecipação do Senhor de Sua ressurreição ou libertação; Ele depois relembra Sua dedicação própria, Seu ministério, Suas tristezas e Seu clamor. Ele nos diz que esperou pacientemente pela ressurreição. Ele poderia, sabemos, ter afirmado Seu poder divino; mas esperou até ser ressuscitado “pelo sangue do concerto eterno” (Hb 13). Assim era Ele, como diz neste Salmo, o Pobre e Necessitado – Aquele que dependia de Deus para tudo – Aquele que esperava pacientemente no exercício de fé.

Como em outros Salmos, Ele confessa os pecados que tomou sobre Si. Pois tal confissão justifica a Deus e é uma aceitação graciosa do que havia sido colocado sobre Ele, para que possamos ter forte consolo em conhecer a realidade da imputação de nossos pecados à Sua conta; como o sumo sacerdote, sob a lei, confessou os pecados de Israel na cabeça do bode expiatório.

A multidão inumerável dos pensamentos de Deus (veja também Salmo 139) expressa de uma forma admirável a diligência e o deleite de Deus sobre Cristo e Seus redimidos, como se esse Objeto fosse toda a Sua preocupação e o Centro de todos os Seus conselhos. Quem dera soubéssemos apreciar esta verdade como deveríamos! (veja o Salmo 70 em conexão com os versículos finais deste.)

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