Origem: Livro: Breves Meditações sobre os Salmos

Salmo 42

Este Salmo nos dá a lamentação de um suplicante que está em tristeza por causa da separação da casa de Deus, por causa do opróbrio de seus inimigos e por causa da lembrança do gozo que é agora passado. Ele é, no entanto, capaz de se encorajar em Deus e esperar pelo futuro.

A tristeza de Davi nas mãos de Absalão era semelhante a esta; pois nos lembramos de como ele foi então expulso para além do Jordão, e como ele enviou de volta Zadoque e a Arca de Deus para Jerusalém. Todo o seu gozo estava na habitação de Deus; mas ele pecou, e sua alma reconheceu que o gozo não era sua porção apropriada então (2 Sm 15).

Mas em tudo isso, podemos dizer: tal como o rei, assim o povo. O povo, o verdadeiro Israel de Deus, no último dia chegará a tal tristeza e desejo por Deus. Eles lamentarão profundamente como pombas – como pombas dos vales, todas elas gemendo, cada uma por sua iniquidade (Ez 7:16).

O Espírito de Cristo, em plena empatia por eles (pois em todas as suas aflições Ele é afligido), conduzirá a alma do Remanescente nesses exercícios, tornando-os Seus próprios. O desafio do inimigo ao indivíduo suplicante: “Onde está o teu Deus?” (v. 3) nos é dado em Joel 2:17, como dito pelos pagãos ao Israel de Deus: “Onde está o seu Deus?”.

Mas o espírito deste Salmo pode ser o fardo de qualquer justo e aflito. E toda essa tristeza dá exercício de alma diante de Deus e promove a disciplina do deserto. Dá conhecimento dos recursos de Deus, que nunca tinham sido trazidos de outra forma por Ele, ou conhecidos por nós.

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