Origem: Livro: Breves Meditações sobre os Salmos
Salmo 58
Os governantes e juízes da Terra são desafiados, como novamente em Salmo 82. Mas eles são chamados neste Salmo de “filhos dos homens” (veja João 5:27); mas no Salmo 82 de “deuses”.
Sob suas mãos, o mundo é deixado em toda a sua maldade nativa. O estado maligno é terrivelmente descrito; e o Profeta clama solenemente por julgamento sobre eles.
E há isso também estabelecido no Salmo – o fundamento do triunfo dos justos quando o julgamento do mundo vier. Temos esse mesmo triunfo, por exemplo, em Isaías 30:32 e em Apocalipse 19:1. Mas aqui temos o fundamento ou princípio de todo aquele justo gozo no julgamento de Deus. “O justo se alegrará quando vir a vingança; lavará os seus pés no sangue do ímpio. Então, dirá o homem: Deveras há uma recompensa para o justo; deveras há um Deus que julga na Terra”. O santo ainda não poderia, nesta presente dispensação, triunfar sobre o juízo, porque o Senhor está publicando Seu nome e louvor em graça; mas em breve ele aprenderá a triunfar sobre ele, porque o Senhor vindicará Sua glória divina pela vingança e estabelecerá Seu governo do “mundo vindouro” pelo julgamento do “presente século”.
Tudo isso é perfeito em seu devido tempo. Agora nos regozijamos na graça redentora de nosso Parente; em breve, seremos capazes de triunfar no poder vingador do mesmo Parente. Pois ambos pertenciam ao Remidor sob a lei, e ambos são os caminhos do nosso Jesus em suas ocasiões. Apocalipse 5 mostra os santos na primeira forma desses regozijos ou triunfos; Apocalipse 19 os mostra na segunda forma.
Este julgamento da Terra e de seus deuses ou governantes não ocorrerá, é claro, até que aquele apóstata ou iníquo dos últimos dias seja manifestado. De modo que este Salmo é a expressão do Espírito de Deus no Remanescente, e contempla o mesmo tempo e mesmas circunstâncias que os Salmos anteriores, como vimos no Salmo 52.
