Origem: Livro: Breves Meditações sobre os Salmos

Salmo 8

Este Salmo encerra esta temporada mística; pois agora chegamos à segunda manhã – o oitavo dia ou dia da ressurreição – a abertura do reino ou “o dia do Senhor”. Não é necessário comentário para mostrar ou provar isso (veja Hebreus 2). Esta é a manhã antecipada por Jesus ou pelo Piedoso ao Se levantar do sono em Salmo 3. Este é o louvor que havia sido prometido anteriormente (veja Salmo 7:17); havendo os ímpios agora chegado ao fim e a congregação havendo sido reunida.

O Senhor cita isso em referência aos hosanas[2] que O acolheram em Sua visita real a Jerusalém (Mt 21:16). Pois esses hosanas eram, em espírito ou em princípio, os louvores do reino, como é este Salmo. E a criação se junta ao coro.
[2] Nota: De acordo com isso, podemos fazer uma pausa aqui e ler os Salmos 3-8 conectados, levando o adorador, em espírito, ao reino. E outros observaram que nossa história a cada vinte e quatro horas (o período assim transcorrido nestes Salmos) é, da mesma maneira, uma espécie de mistério. Pois depois de passar o dia, à noite deixamos de lado nossas roupas e entramos no sono, o emblema da morte, e lá permanecemos (com visões no espírito) até que a manhã nos acorde, e então somos vestidos novamente, como estaremos na segunda manhã, ou na manhã da ressurreição e glória.

No Salmo 2, vimos a realeza do Messias, Filho de Davi, Filho de Deus; aqui vemos o senhorio do Filho do Homem, Seu domínio sobre as obras de Deus. Todas essas Suas glórias serão entendidas e exibidas nos dias milenares.

NOTA: Devo acrescentar outra breve observação. 1 Coríntios 15:27-28 ilustra a maneira pela qual as passagens posteriores se ampliam, sem interferir nas passagens anteriores. O apóstolo estabelece cada sílaba do salmista, dando a Cristo o domínio de acordo com o Salmo 8. Mas depois ele prossegue. Pois o salmista havia deixado, bem como colocado, o senhorio ou reino universal nas mãos de Cristo; mas o apóstolo, raciocinando sobre a força das palavras do salmista, é instruído pelo mesmo Espírito a revelar uma cena de glória que estava além do reino assim deixado pelo salmista na mão de Cristo.

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