Origem: Livro: Os Patriarcas

O santo conscientemente amado

E não sei se a constante autocongratulação da noiva neste livro está um pouco além da de Paulo. Ela sempre pode falar que seu Amado é dela e, além disso, dizer: “Eu sou do meu Amado, e Ele me tem afeição”. Mas ele também pode sempre, em espírito, cantar (seja qual for o trabalho árduo e o desgaste da vida): “a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o Qual me amou e Se entregou a Si mesmo por mim”. E essa é a linguagem de Paulo, feliz na certeza do amor devotado de Cristo por ele. (Isso é comumente interpretado como se Paulo, em Gálatas 2:20, estivesse expressando sua devoção ao seu Mestre. Mas não é assim. Isso rouba ao versículo sua extraordinária glória. Ele está antes falando do regozijo de sua alma no conhecimento de que Amante devotado e glorioso ele tinha).

Se, posso também dizer, nas imagens deste livro, o santo amado pode dizer: “desejo muito a Sua sombra e debaixo dela me assento; e o Seu fruto é doce ao meu paladar”, o estilo mais simples de uma epístola não é menos fervoroso. “Ao Qual, não o havendo visto, amais; no Qual, não O vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso”. Certamente o coração está igualmente na possessão de um Objeto que ele sabe ser adequado para responder a todos os seus desejos.

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