Origem: Livro: Os Patriarcas

O Senhor e Jerusalém

Tudo isso pode muito bem explicar o lugar que Jerusalém ocupa nos pensamentos do Espírito. Seus profetas, aqueles que falaram movidos por Ele, dirigem-se a ela repetidas vezes como a noiva, a rainha e a mãe, nos dias da glória que se aproxima. Mas o que diremos d’Ele, que assim a adornou com toda beleza e dignidade, e deu-lhe tal relacionamento Consigo mesmo? Não é maravilhoso e feliz ver o círculo de empatias humanas assentando-se na mente divina? A amizade é apenas humana? Como posso dizer isso, quando vejo Jesus e o discípulo que Ele amava caminhando em companhia? As afeições dos parentes são meramente humanas? Como posso dizer isso, quando penso em Cristo e na Igreja, e em mil testemunhas da Escritura? O deleite do coração em casa é um gozo divino e também humano? Como posso duvidar disso, quando vejo o Senhor e Jerusalém? Certamente a mente divina é a sede de todas as sensibilidades puras e justas do coração, e “Cristo Jesus, Homem” me diz isso. O Senhor Deus de Israel conheceu, e conhecerá novamente, a afeição que permanece em torno do lar de muitas lembranças e alegrias familiares.

Assim será Jerusalém, e assim será a própria Terra, as nações e Israel, nos dias prometidos da presença e do poder do Senhor. Fracamente traçado pela mão, mais fracamente respondido pelo coração. “Porém verdade” ainda que “superando fábula”.

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