Origem: Livro: Impedimentos à Comunhão

Sociedades religiosas

Se sou constrangido a me separar de muitos obreiros dedicados, quanto mais das “sociedades religiosas” que se estendem por todo o mundo, com seus elaborados mecanismos para a arrecadação de fundos e suas diversas atividades, um dos sintomas mais tristes da corrupção deste dia mau. Estou intimamente familiarizado com a minha posição anterior e por ter servido em muitos comitês, com os seus modos de ação. Mas não desejo levantar o véu que esconde tanto do que é estranho à mente de Cristo, e será suficiente dizer que nenhum Cristão instruído poderia estar conectado a isso.

Pegue certas cópias dos jornais “religiosos” ou revistas patrocinadas pela “igreja”, e você encontrará bazares anunciados, muitos dos quais são tornados mais atraentes por bandas militares ou outras, e sorteios. Anúncios de sermões de homens notáveis, com coletas posteriores; reuniões organizadas de modo a atrair pela reputação dos oradores o maior número de pessoas. Todas essas coisas são feitas professamente em nome de Cristo[17].
[17] Não sou capaz e nem posso julgar os motivos daqueles que fazem essas coisas. A questão é se posso me associar a essas coisas, pois elas entram em conflito com a luz que o Senhor, em Sua graça, me deu.

Oh, meu irmão, mencionar essas coisas é revelar o caráter disso, bem como mostrar a condição irremediavelmente corrupta em que a igreja professa caiu! Será que você pode se admirar, então, com o fato de estarmos separados ou de insistirmos continuamente na necessidade de separação de todas essas coisas que são tão totalmente opostas à mente do Senhor?

Sei que o caminho do crente, e especialmente do servo, é cada vez mais difícil neste dia mau. Mas fomos avisados e nosso recurso foi fornecido. “Sabe, porém, isto:”, diz o apóstolo ao escrever a Timóteo, “que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos” (2 Tm 3:1); e se você examinar todo o capítulo, encontrará principalmente três coisas. Primeiro, as características dos “tempos trabalhosos” (vs. 2-9); segundo, que a perseguição deve ser o destino dos piedosos (vs. 10-12); e, finalmente, que a Palavra de Deus é o nosso único recurso (vs. 14-17). Recomendo este capítulo ao seu fervoroso estudo em oração, com a esperança de que o Senhor possa usá-lo para desembaraçar você de tudo o que é contrário à Sua vontade e dar-lhe confiança n’Ele para tomar corajosamente o lugar da separação.

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