Origem: Livro: Os Patriarcas
Suportando a reprovação
Nas Escrituras do Velho Testamento, é ensinado o mesmo entre o Senhor e Jerusalém, que é, em princípio, o mesmo que Cristo e a Igreja.
Portanto, em Isaías é dito: “O teu Criador é o teu Marido… o teu Redentor” – toda a passagem mostrando Jerusalém tomada pelo Senhor em simples benevolência, Ele possuindo alguém que, como a etíope ou como Rute, poderia ser uma reprovação a Ele (Isaías 54).
Assim, Jeremias representa o Senhor na mesma graça, tomando Jerusalém mesmo depois de ela ter se mostrado infiel e ter sido despedida legal e judicialmente (Jeremias 3).
Oseias é feito representante do mesmo (Oseias 1-3). Ele compra sua esposa (Oseias 3:2), ele a lava e purifica, e também suporta a reprovação de se desposar a si mesmo com alguém tão inútil e perdida.
O mesmo ocorre na impressionante figura de Ezequiel. Jerusalém é vista em sua degradação repulsiva e ofensiva; mas quando nenhum olho teve compaixão dela, o Senhor não apenas teve compaixão, mas também a vivificou, lavou, vestiu, ungiu, embelezou e dotou-a, e não parou até que a tomou para Si (Ezequiel 16).
É assim que está nos ensinamentos ou nas vozes dos profetas, como nas primeiras figuras e sombras; ambas e todas contando o mistério, que o Cordeiro é o Noivo, que Aquele que no final a assenta na companhia de Sua glória, já havia redimido-a por Seu sangue, lavado-a e purificado-a por Sua Palavra e Espírito, sofrido reprovação por ela (Lucas 19:7), e descido até ela em sua ruína, antes que Ele pudesse levá-la ao Seu estado e honra.
