Origem: Livro: Os Patriarcas
O valor de Cristo para nossa alma
Para alguns de nós, amados, esta ruptura das coisas naturais é terrível. Mas se Jesus fosse mais amado, tudo isso seria mais facilmente considerado. Se Seu valor para nós dentro do véu fosse mais ponderado e estimado em nosso coração, deveríamos ir até Ele fora do arraial com passos mais firmes e seguros. “Aprendi”, disse um dos mártires, “que não há liberdade como a do coração que desistiu de tudo por Cristo – nenhuma sabedoria como a aprendida a Seus pés – nenhuma poesia como a calma previsão da glória que haverá.”
Sobre nosso Abraão e seus companheiros nesta vida de fé, confessando que eram estrangeiros e peregrinos na Terra, está escrito: “os que isso dizem claramente mostram que buscam uma pátria. E se, na verdade, se lembrassem daquela de onde haviam saído, teriam oportunidade de tornar (voltar – ARA). Mas, agora, desejam uma melhor, isto é, a celestial. Pelo que também Deus não Se envergonha deles, de Se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade”
Amados, somos chamados a ser esses estrangeiros – estrangeiros que Deus pode, portanto, reconhecer moralmente. Se o mundo não fosse o objetivo de Abraão, deveríamos sentir, mesmo sob sanções mais elevadas, que não pode ser nosso. O chamado do Deus da glória fez de Abraão um estrangeiro aqui – a cruz de Cristo, além disso, pode ainda mais nos tornar estrangeiros. Como às vezes cantamos,
“Diante de Sua cruz somos agora deixados,
Como estrangeiros na terra.”
“Já estais mortos”, diz o apóstolo, “e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus”. Essa é a atitude de estrangeiro da mais alta ordem – a atitude de estrangeiro do próprio Filho de Deus. “O mundo não nos conhece, porque não conhece a Ele”.
Na força desta atitude de estrangeiro no mundo, que possamos ter graça para abster-nos “das concupiscências carnais, que combatem contra a alma”! E na força de nossa cidadania consciente no céu, que esperemos “o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o Seu corpo glorioso, segundo o Seu eficaz poder de sujeitar também a Si todas as coisas”.
