Origem: Livro: Os Patriarcas

Velhice fecunda

Reconheço, de fato, que admiro este caminho do Senhor, do Espírito de Deus, com Jacó. Para uma vida como a dele havia sido, o mais adequado era um fim como este agora. É uma pena que precisemos de uma pausa como esta, no final da jornada; mas, se for preciso, é belo vê-lo frutífero dessa maneira. Durante aquele longo cultivo de sua alma sob o “Pai dos espíritos”, naqueles dezessete anos no Egito, quão frequentemente, ouso supor, Jacó assentado diante do Senhor, meditando nos últimos anos, com alguma confusão no rosto; e o fogo acenderia então, e o trabalho do refinador continuaria.

Mas quando esses anos de silêncio e de retiro estão prestes a terminar, nós o encontramos, de forma um tanto abrupta, agitada e séria. É com José a respeito de seu enterro. Ele fará com que José não apenas prometa, mas jure que o enterrará na terra de seus pais (Gn 47:30). Isso também é muito bonito. Nunca o achamos insistente sobre as condições de sua vida no Egito; ele parece disposto, como eu disse, a aceitar o que lhe dão e a ser o que eles fazem dele; mas quanto ao seu enterro, ele está, agora, com toda a insistência e decisão. Ele terá confirmado por juramento que seu filho levará seu cadáver para aquela terra que testemunhou a promessa de Deus para ele. Ele é sério e impositivo agora, como era indiferente antes. Pois a fé gosta de ler seu título de forma clara, completa e irrevogável. Abraão teria a herança por concerto, bem como por palavra (Gn 15). Jacó agora terá o sepultamento, um tal sepultamento digno das esperanças de um filho de Abraão, tanto por juramento quanto por promessa.

Tudo isso nos mostra outro Jacó diferente daquele que antes conhecemos. Ele agora é participante da santidade de Deus; sua mente e caráter estão em consistência com o chamado de Deus. Ele é um estrangeiro com Deus na Terra, mas tem esperança segura e certa da herança prometida. Isto é frutificação; Não digo que seja serviço; mas é uma bela frutificação no homem interior.

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