Origem: Livro: As Epístolas de Paulo aos TESSALONICENSES
Vigilância em Vista da Vinda do Senhor
Caps. 4:13–5:11 – Paulo então corrige o equívoco que os tessalonicenses tinham em relação a seus entes queridos que haviam morrido recentemente. De alguma forma – provavelmente por maus ensinamentos os quais 2 Tessalonicenses 2:2-3 sugere – eles tinham adquirido a ideia de que seus irmãos que haviam “adormecido” iriam perder o Arrebatamento e a parte do reino que Cristo estabeleceria quando Ele aparecesse. Isso causou muita dor e “tristeza” entre eles. Isso mostra como a má doutrina (desinformação) pode afetar nosso gozo. Essas pobres almas estavam tristes com algo que nem sequer era verdade!
V. 13 – Paulo reconhece a coisa toda como uma questão simples de ignorância, e diz: “Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem”. Não havia necessidade para eles estarem tristes “como os demais que não têm esperança”, pois certamente veriam seus irmãos novamente. A morte não é uma despedida final dos irmãos. Paulo não diz que não devemos nos entristecer quando a morte leva um crente querido, mas que não é necessário que haja o desespero que os incrédulos experimentam.
É interessante que esse estado de “dormir” é algo que acontece “por intermédio de Jesus” (JND). Isso significa que a morte deles, embora possa parecer prematura para os santos que permanecem vivos, não é um acidente. De fato, o Senhor Jesus é Aquele que a induz – Ele os coloca para dormir! Apenas o nome de Sua humanidade – “Jesus” – é usado aqui (sem Seus títulos) para enfatizar Sua empatia, pois Ele também andou neste mundo como um Homem e sabe o que é passar pela morte. Os espíritos e almas desencarnados deles estão presentes com Ele enquanto estão no estado separado ou intermediário, e assim eles não poderiam estar em melhores mãos (2 Co 5:8; Fp 1:23). Seus corpos estão na sepultura esperando a ressurreição.
É bom lembrarmos de que quando a Bíblia fala de crentes dormindo, ela se refere a seus corpos físicos, não a seus espíritos e almas (Mt 27:52). O sono nunca é aplicado a incrédulos que morreram. “O sono da alma” é uma falsa doutrina que supõe que os espíritos e almas dos mortos não são conscientes. No entanto, as Escrituras dizem que os crentes que morrem vão imediatamente para o “paraíso” (Lc 23:43) e estão “com Cristo, o que é incomparavelmente melhor” (Fp 1:23 – ARA). Como isso poderia significar estar inconsciente? Alguém que dorme inconsciente não pode experimentar o gozo do paraíso. Se ele está inconsciente, ele não saberia distinguir um bom estado de um mau! Nem ele poderia experimentar comunhão com Cristo! Paulo disse: “Para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho” (Fp 1:21). Ele viveu e serviu desfrutando de comunhão com Cristo. Se ele morresse, e se isso significasse que ele iria ficar inconsciente, ele perderia a bem-aventurança de sua doce comunhão com Cristo! Como a morte poderia ser um “ganho” para ele?
V. 14 – Paulo então diz: “Porque, se (já que) cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em [por intermédio de – JND] Jesus dormem Deus os tornará a trazer com Ele”. Isto é, tão certo como Jesus morreu e ressuscitou novamente, assim também aqueles que estão dormindo serão ressuscitados, pois ambos são da mesma ordem de ressurreição. As escrituras dizem: “Cristo, as primícias; depois os que são de Cristo na Sua vinda” (1 Co 15:23). Assim, a base da esperança de ressurreição do crente é fundada no fato da ressurreição de Cristo (1 Co 6:14). Sua ressurreição é a promessa e a prova da ressurreição do crente! Os instrutores bíblicos chamam isso de “a primeira ressurreição”. Na verdade, existem três fases para a primeira ressurreição:
- “Cristo, as primícias” (1 Co 15:23a).
- “Os que são de Cristo na Sua vinda” – o Arrebatamento. Isso se refere tanto aos santos do Velho como do Novo Testamento (1 Co 15:23b).
- Os fiéis que morrem durante a septuagésima semana da profecia de Daniel (Dn 9:27). Isto ocorrerá imediatamente antes da Aparição de Cristo (Ap 14:13, 20:4).
Quatro Coisas que nos Dão Conforto em Relação ao Estado dos Crentes que Partiram
O conforto em relação aos nossos entes queridos que já faleceram não virá por escutarmos as opiniões de pessoas sinceras, nem de sentimentos que possamos ter em relação ao estado deles. Conforto só pode vir do entendimento e por acreditarmos nos fatos em relação àqueles que partiram, e esses fatos só podem ser encontrados na Palavra de Deus. O evangelho trouxe à luz essas coisas referentes à “vida e incorruptibilidade” (2 Tm 1:10 – JND) e, quando elas são entendidas, nos dão paz e conforto. Os quatro fatos a seguir ajudam nesse sentido:
- O estado da morte é temporário – Isso significa que nossos entes queridos que morreram não estarão mortos e desaparecerão para sempre. Eles ressuscitarão quando o Senhor vier no Arrebatamento (1 Ts 4:15-16; 1 Co 15:23, 51-56). Já que a vinda do Senhor é iminente, a ressurreição dos mortos pode ser hoje!
- A condição dos crentes que partiram é a da bem-aventurança – Enquanto os espíritos e almas dos crentes que morreram estão no estado intermediário, aguardando a vinda do Senhor, eles estão “com o Senhor” (2 Co 5:8) “no paraíso” (Lc 23:43) e em um estado que é “muito melhor” (Fp 1:23). Isso significa que eles estão com a melhor Pessoa possível e estão muito mais felizes do que jamais poderiam estar na Terra. Isso nos dá conforto, sabendo que tudo está bem com eles.
- A morte deles não foi um acidente – Deus não comete erros no que Ele permite que aconteça ao Seu povo, porque “o caminho de Deus é perfeito” (Sl 18:30). Embora possamos não entender por que Ele permitiu que a morte levasse um de nossos entes queridos, Ele explicará tudo isso no dia vindouro e fará todo o sentido.
- Haverá uma grande reunião dos santos – No Arrebatamento, os santos falecidos e os santos vivos serão todos tomados juntos, e nunca mais seremos separados novamente (1 Ts 4:17). Isso também é um grande conforto.
