Origem: Livro: A Epístola de TIAGO

Uma Vontade Submissa

Tiago fala de uma terceira coisa de que precisamos para tirar proveito das provações – uma vontade submissa que aceita a provação da mão de Deus como uma designação divina (v. 4). Tiago diz: “Tenha, porém, a paciência [perseverança] a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma”. O perigo aqui é resistir ao que Deus está fazendo em nossas vidas por meio da provação, e assim não tirar proveito disso. A chave é “tenha” a provação o seu bom trabalho em nós, porque é ordenada por Deus para nos fazer “perfeitos”. Perfeito, no sentido em que Tiago fala disso aqui, significa crescimento completo (maturidade). Isso mostra que Deus está profundamente interessado em nosso desenvolvimento espiritual, e que Ele está disposto a, “por um pouco de tempo”, permitir que o sofrimento em nossas vidas realize tal aperfeiçoamento (1 Pe 1:6).

Exigirá fé para permitir que a provação faça seu trabalho divinamente designado. Mas, se crermos que Deus ordenou isso para o nosso bem e bênção, e que Ele tem algo a nos ensinar, estaremos mais inclinados a nos submeter a Ele na provação. Trabalhará para a formação de nosso caráter e as qualidades morais que nos levam a tornar-nos Cristãos maduros (perfeitos). Assim, cresceremos espiritualmente. Davi falou disso dizendo: “na angústia me deste largueza [na pressão me tens aumentado – JND] (Sl 4:1). Um grande resultado ao se submeter à provação por fé é que nos tornamos “completos, sem faltar em coisa alguma”. Não teremos falta de nada no que diz respeito à formação de nosso caráter Cristão.

Jó exibiu esse espírito de submissão quando seu julgamento multifacetado veio sobre ele. Ele “se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou, E disse: Nu saí do ventre de minha mãe, e nu tornarei para lá; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1:20-21). A fé crê que Deus está acima de todas as coisas, e que Ele é bom e apenas permite o que é para o bem do Seu povo. No caso de Jó, Deus usou a provação para tornar um homem bom, melhor. Nos capítulos intermediários do livro de Jó, ele desenvolveu um mau espírito quando provocado por seus três amigos, e ficou em amargura, mas Deus prevaleceu e, no final, Jó arrependeu-se e obteve uma bênção d’Ele. O problema de Jó não estava em suas ações, mas em sua atitude. Ele era “perfeito” exteriormente (Jó 1:1 – JND), mas Deus queria que ele fosse perfeito interiormente também (Jó 23:10). Pelo fato de que Deus iria tão longe nos problemas que Ele permitiu na vida de Jó, mostra a importância que Ele considera de que Seu povo tenha uma atitude correta. A lição para nós aqui é que, se não tivermos um espírito correto, a provação pode nos tornar mais amargurados do que melhorados, e assim perderemos a bênção que Deus tem para nós na provação.

Algumas coisas a serem lembradas que nos ajudarão a aceitar nossas provações como vindas das mãos de Deus com um espírito correto são:

  • Nossa provação é divinamente planejada (Jó 23:14).
  • Nosso sofrimento na provação foi divinamente dosado (Jó 34:23).
  • Seremos divinamente providos de graça para lidar com isso (1 Co 10:13).
  • Seremos divinamente compensados (1 Pe 1:6-7).
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