Origem: Livro: Para Que Te Vá Bem

Os Votos de Casamento

Embora hoje seja decididamente popular escrever os próprios votos de casamento – alguns excepcionais, outros menos dignos de elogios – voltarei aos votos ingleses tradicionais (substitua o nome do homem no lugar de H. e o nome da esposa no lugar de M.):

Eu H. tomo a M. como minha Esposa, para tê-la e mantê-la a partir de hoje, na alegria ou na tristeza, na riqueza ou na pobreza, na doença ou na saúde, para amar e cuidar, até que a morte nos separe, de acordo com a santa ordenação de Deus, e dou testemunho que isso é verdade.

Eu M. tomo a H. como meu Esposo, para tê-lo e mantê-lo a partir de hoje, na alegria ou na tristeza, na riqueza ou na pobreza, na doença ou na saúde, para amar e cuidar, até que a morte nos separe, de acordo com a santa ordenação de Deus, e dou testemunho que isso é verdade.

Embora não seja minha intenção falar longamente sobre a natureza e o caráter do voto matrimonial, ele tem alguma relação com o assunto em questão. Apesar de podermos adaptar os votos nos dias de hoje para dizer exatamente o que queremos que eles digam, fiz referência a esses votos tradicionais, pois eles têm um conteúdo bíblico. Antes de abordarmos o assunto de escolher um cônjuge, precisamos pensar a que somos chamados na Escritura para nos comprometer em um relacionamento matrimonial.

O marido deve amar sua noiva “como também Cristo amou a Igreja e a Si mesmo Se entregou por ela” (Ef 5:25). “Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo” (Ef 5:28). O amor mencionado aqui é incondicional. O versículo diz assim como “Cristo Se entregou”. “Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8). Ninguém negligencia seu corpo, mesmo quando não está bem; de fato, em tais momentos, ele o cobre de cuidados, nutre e o preza (Ef 5:29). Em Colossenses, lemos: “Maridos, amai vossa esposa e não a trateis com amargura” (Cl 2:19 – ARA). Deus previu que as esposas nem sempre serão tão amáveis; no entanto, o mandamento ainda permanece, o marido deve demostrar amor, independentemente da circunstância.

Por outro lado, às esposas é dito: “sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a Cabeça da Igreja: sendo Ele próprio o Salvador do corpo. De sorte que, assim como a Igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido” (Ef 5:22-24). A propósito, este versículo não quer dizer que o marido assume o lugar do Senhor na vida de sua esposa; o marido não toma e não pode assumir essa posição. Esta é a mesma expressão usada em “servindo de boa vontade como ao Senhor, e não como aos homens” (Ef 6:7). Sempre que fazemos algo como ao Senhor, torna-se muito mais fácil e agradável. No contexto do versículo no capítulo 6, refere-se a servos e senhores. Meu chefe pode não ser muito agradável, mas ainda posso fazer meu trabalho como ao Senhor. Certamente, confiamos que o marido é amoroso e gentil, mas, independentemente de sua simpatia, sua liderança deve ser honrada, porque é isso que o Senhor pediu à esposa.

O segredo para um casamento feliz e saudável é expresso no versículo “cada um em particular ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido” (Ef 5:33). Como parte do relacionamento complementar que Deus previu entre homens e mulheres, Ele escolheu definir a mulher para ser amada e o homem para ser respeitado e honrado. Não podemos ficar esperando que o outro aja. Se cuidarmos de nossa responsabilidade, então com frequência será surpreendente como o outro responderá. Quando nosso comportamento é recompensado dessa maneira, isso só deve servir para nos esforçar ainda mais. Isso por sua vez, incentiva o outro a exercer sua responsabilidade. E assim o casamento se torna uma parceria próspera, e não um relacionamento disfuncional entre duas pessoas que moram juntas.

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